Uma coisa é fato: não há concorrente tão grande historicamente no segmento de luxo quanto a Rolls-Royce. Cadillac, Maybach, muitos estabeleceram grandes concorrências, porém em determinadas épocas. Somente uma marca esteve lá no topo desde sempre, e sempre vai estar: a Rolls-Royce!!!
E dentro dessa gigante do mundo dos automóveis de luxo, ninguém está representando a mais tempo que o Phantom. Em sua oitava geração, vamos conhecer um pouquinho de todas:
1) Phantom I (1925-1931)
No meio dos anos 20, a Rolls estava querendo um substituto para o Silver Ghost. Surgiu a ideia do Phantom, seguindo a linha dos nomes fantasmagóricos, para ser seu novo representante no segmento de ultra luxo. Foi o segundo modelo com motor 40/50hp da Rolls, um antigo método usado para medir a potência dos motores. Era um 6 cilindros “suficiente” para mover essa enorme barca e o cidadão rico que estivesse dentro. Era fabricado nas fábricas de Derby, na Inglaterra, e Springfield, Massachusetts, nos Estados Unidos, com algumas diferenças entre os modelos americano e inglês. A fábrica americana foi fechada após encerrar as produções do Phantom I, em 1931. Porém, a fábrica de Derby já estava produzindo desde 1929 o:
2) Phantom II (1929-1936)
Com um incremento no motor 7.7l 6 cilindros do primeiro Phantom, uma transmissão nova de 4 marchas, e um chassi completamente novo, surgiu sua segunda geração. Trouxe uma grande novidade, que foi a versão “Continental”. Tal versão vinha com um chassi menor e um motor mais forte, visando uma veia mais esportiva para o modelo. O modelo apareceu em alguns filmes de Hollywood, como um filme do Indiana Jones da época.
3) Phantom III (1936-1939)
O Phantom III foi um marco. Foi o último modelo pré-guerra e também o último modelo desenvolvido por Henry Royce, falecido em 1933. Foi completamente inovador, trazendo um motor V12 de 7.3l que levava essa barca aos incríveis, para a época, 140km/h que um simples 3 cilindros 1.0 alcança hoje (rsrsrs). A produção automotiva parou para a guerra, pois a Rolls produziu motores para aviões britânicos, o que também foi o surgimento da Rolls-Royce plc (assunto para outro post).
4) Phantom IV (1950-1959)
Eis o modelo mais exclusivo de todos. Começou aqui os dizeres que “Rolls é o carro da rainha”! Somente foram fabricadas 18 unidades durante os 6 anos, os quais 17 foram vendidos para famílias reais mundo afora. A primeira e mais especial unidade produzida foi o carro feito para a rainha Elizabeth II, que usa o veículo até hoje em algumas situações muito especiais, como os últimos casamentos reais de Kate Middleton e Meghan Markle. Ele contém um V8 que é ao mesmo tempo forte e capaz de andar longas distâncias em baixas velocidades, o que é e sempre foi deveras importante para desfiles reais. Atualmente, 16 dos 18 são preservados em museus e coleções públicas/privadas.
5) Phantom V (1959-1968)
Também com um motor V8, carburação dupla SU e uma transmissão automática de 4 marchas, foi lançado o Phantom V. Continuou sendo adquirido por famílias reais mundo afora, inclusive a inglesa. Sofreu um facelift em 1963, saindo com essas lanternas de 4 lâmpadas, que ainda seriam muito vistas futuramente. John Lennon era dono de um, que saiu de fábrica preto mas foi pintado de maneira única, e a cara do músico.
6) Phantom VI (1968-1991)
Foi o último modelo produzido independentemente pela Rolls-Royce, comprado de 1973 pela Vickers, futuramente pela VW e atualmente pertencente à BMW. Trazia, como sempre, inovações incríveis de interior que deixavam qualquer pessoa fascinada por sentar em seus bancos. Ainda com o motor de 8 cilindros e transmissão automática, foi produzido até o início dos anos 90, tendo ainda um visual extremamente clássico para os carros que já existiam na época.
7) Phantom VII (2003-2016)
O Phantom VII é uma joia entre os carros de luxo e sintetiza tudo o que a companhia britânica representa. Lançado em um momento em que a Rolls-Royce já estava sob o comando da BMW, o modelo foi considerado pelo público e pela mídia da época como “o melhor carro do mundo”. O trabalho foi comandado por Ian Cameron, e quando revelado, em 2003, mostrou uma interpretação moderna de um clássico. O uso de alumínio para suas formas permitiu economia de peso, enquanto o motor V12 aspirado garantiu força com baixo ruído (que é marca registrada dos modelos da montadora atualmente). Pela primeira vez desde que os veículos eram esculpidos por artesãos, os futuros donos contavam com um programa de personalização total e que tornava o carro quase uma tela em branco repleta de detalhes e cuidado a ser personalizada.
7) Phantom VIII (2017-Presente)
Impulsionado por um motor 6.7 V12 com 563 cv a 5.000 rpm e torque máximo de 91,8 mkgf disponíveis a apenas 1.800 rpm, o Phantom da oitava geração pôde ser admirado por muitos recentemente. Foi a grande estrela do estande da Rolls-Royce no Salão do Automóvel de São Paulo de 2018 (ao lado do SUV Cullinan). É verdade que o design nem é tão diferente assim de seu antecessor! A grade frontal foi redesenhada e ficou mais alta e larga. Os faróis também são novos e trazem a tecnologia de luz a laser. Na traseira, a vigia surge em uma posição menos inclinada, enquanto as novas lanternas receberam uma iluminação inspirada em jóias. Duas telas de TFT de 12,3 polegadas substituem o quadro de instrumentos convencional. A Rolls-Royce ainda oferece uma ampla gama de opcionais, incluindo uma iluminação repleta de leds simulando um céu estrelado, um kit de taças de uísque e um decantador. De acordo com a marca, o Phantom tem mais de 130 quilos de materiais de isolamento acústico e vidros duplos com 6 milímetros de espessura por toda a cabine.
Gostou da história desse modelo lendário e todos os seus modelos? Já teve a oportunidade de ver ou até mesmo dirigir alguma dessas lendas?
Comentários